Família Real Portuguesa
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Brasões das Famílias Portuguesas
nas diferentes páginas de A a Z
Brasão de Armas ou, simplesmente, brasão, na tradição
europeia medieval, é um desenho especificamente criado - obedecendo às leis da
heráldica - com a finalidade de identificar indivíduos, famílias, clãs,
corporações, cidades, regiões e nações. O desenho de um brasão é normalmente
colocado num suporte em forma de escudo que representa a arma de defesa
homónima usada pelos guerreiros medievais. No entanto, o desenho pode ser
representado sobre outros suportes, como bandeiras, vestuário, elementos
arquitectónicos, mobiliário, objectos pessoais, etc..
Era comum, sobretudo nos séculos XIV e XV, os brasões serem
pintados ou cosidos sobre as cotas de malha, o vestuário de proteção usado
pelos homens de armas. Por isso, os brasões também são, ocasionalmente, designados
por cotas de armas.
Em sentido restrito, o termo brasão refere-se apenas à
descrição do desenho inserido no escudo de armas. No entanto, em sentido lato,
pode designar-se por brasão a descrição do conjunto das armas, incluindo, além
do escudo, os elementos exteriores (coronel, timbre, virol, paquifes, etc.).
Por extensão, o termo brasão, passou a aplicar-se não só à descrição, mas,
também ao próprio objecto descrito: o escudo ou o conjunto armorial completo.
Não se sabe, com rigor, quando é que esta prática teve
início. O campo de estudo dos brasões denomina-se heráldica. Os brasões não
eram fornecidos ao acaso para as pessoas. Tiveram as suas origens em actos de
coragem e bravura efetuados por grandes cavaleiros. Era uma maneira de os
homenagear e às suas famílias. Com o passar do tempo, como era um ícone de
status, passou a ser conferido a famílias nobres no intuito de identificar o
grau social delas, assim sendo, somente os heróis ou a nobreza possuíam tal
ícone e o poderiam transmitir a seus descendentes.
A partir do século XIX, com a ascensão ao poder da burguesia
e o declínio da aristocracia, o brasão foi perdendo a sua importância. No
século XX o brasão renasceu, mas, desta vez, aplicado na simbologia de
municípios, corporações, estados e outras entidades colectivas. De observar
que, desde o século XIX, por tradição, muitas dessas entidades chamaram
"brasões" aos seus emblemas distintivos. No entanto, trata-se de
emblemas e não propriamente brasões, já que, apesar da denominação formal de
"brasão", não obedecem às regras da heráldica. Atualmente é frequente
o uso de brasões como símbolo de freguesias, município ou regiões, que têm sua
bandeira, onde normalmente figura um Brasão. Associações, clubes (especialmente
clubes de futebol), empresas e mesmo pessoas físicas continuam a usar brasões
de armas como elemento gráfico de identificação.
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Os brasões podem dividir-se em diferentes classes, segundo
as entidades que representam.
A classificação básica, divide-os em duas
classes:
Brasões simples: representam uma única entidade;
Brasões compostos: combinam dois ou mais brasões, cada qual
representando uma entidade diferente.
Os brasões também podem ser classificados segundo a categoria
da entidade que representam:
Brasões: representam um monarca ou um estado soberano;
Brasões de titulares: representam o titular de um cargo ou
de uma honra;
Brasões de família: representam, em sentido restrito, o
chefe de uma família e, em sentido lato, o conjunto da família;
Brasões eclesiásticos: representam um titular eclesiástico
ou uma entidade colectiva religiosa;
Brasões corporativos: representam uma entidade colectiva
moral, tanto civil como militar;
Brasões de domínio: representam uma entidade territorial não
soberana.
Além disso, os brasões ainda podem ser classificados segundo
as suas características ou o seu historial:
Brasões assumidos: assumidos pela própria entidade que
representam, ao invés de terem sido concedidos por uma autoridade superior.
Brasões acrescentados: ao desenho dos quais foram
acrescentadas peças honrosas ou feitas outras alterações, como forma de
recompensa da entidade que representam;
Brasões a inquirir: que infringem, propositadamente, uma ou
mais regras da heráldica, como forma de significar algo que deve ser inquirido;
Emblemas, insígnias, marcas ou distintivos de entidades não
são brasões de armas quando não se enquadrarem nos critérios da heráldica.
Os brasões também podem ser classificados ainda quanto:
Estilo de Coroa mural: aldeia, vila, cidade e cidade
capital;
Forma de seus elementos fundamentais - os escudos: francês
antigo, francês moderno, somático ou samnítico, oval (feminino; mulheres
casadas), losangos (feminino; mulheres solteiras; símbolo da virgindade), de
torneio ou bandeira, italiano, suíço, inglês, alemão, polaco, espanhol,
português e da Flandres e formas diversas;
Tipos de suporte: apoios, sóstenes, suportes e tenentes.
Elementos constituintes de um brasão de armas
Brasões ou armas têm como elemento fundamental o escudo, que
contém o desenho fundamental do brasão.
Os restantes elementos são os chamados elementos exteriores,
que incluem:
Grito de guerra ou grito de armas: é uma palavra ou frase
curta (interjeição) de incentivo ao combate ou à acção. Normalmente, é colocado
num listel, sobre o conjunto das armas;
Timbre: representa os emblemas que os cavaleiros colocavam
no topo dos seus elmos, para melhor serem identificados nos torneios. O timbre
é colocado sobre o virol e, ao contrário das figuras inseridas no escudo, pode
ser figurado de forma naturalista;
Coroa ou Coronel: representa a categoria da entidade
representada pelo brasão. É chamada de coroa, se corresponde a uma entidade com
soberania e coronel, nos restantes casos. Conforme o país ou a representação
artística do brasão, a coroa ou coronel pode figurar sobre o elmo, sobre o
pavilhão ou manto, ou, directamente sobre o escudo;
Virol: é a reprodução da fita que amarrava o timbre ao elmo.
Representa-se com duas cordas entrelaçadas, uma da cor do metal principal do
escudo e a outra da cor do esmalte principal;
Elmo: é a reprodução dos elmos dos cavaleiros. Na heráldica
de alguns países a cor, o formato e a posição do elmo, indica o estatuto da
entidade representada;
Paquifes: são a reprodução do tecido que alguns cavaleiros
colocavam sobre os elmos, para se protegerem do calor. São, normalmente
representados com duas cores, uma a do metal principal do escudo e, a outra, a
do esmalte principal;
Pavilhão: representa um pavilhão ou tenda de campanha
medieval. É, normalmente, representado a envolver o escudo e outros dos seus
elementos exteriores, tendo, no seu topo a coroa correspondente à entidade
representada;
Manto: representa a peça de vestuário homónima, que cobre,
simbolicamente um soberano ou alto membro da nobreza. Normalmente, envolve o
escudo, tendo, no seu topo, a coroa ou coronel correspondente à entidade
representada;
Suportes ou Tenentes: são figuras que suportam o escudo. São
chamados tenentes se representam seres humanos e suportes, nos restantes casos.
Normalmente são representados aos pares, um de cada lado do escudo.
Ocasionalmente pode ser representado apenas um, atrás do escudo;
Insígnias: representam o cargo que uma pessoa representada
pelo brasão detém. É comum representá-los como dois objectos cruzados atrás do
escudo;
Troféus: são a reprodução de objectos, geralmente armas e bandeiras,
para significar feitos militares. São, normalmente colocados atrás do escudo;
Condecorações: são a reprodução das insígnias das
condecorações que, a entidade representada, detém. São colocadas em colares à
volta do escudo, pendentes do mesmo ou, caso sejam cruzes, atrás do escudo,
apenas com as pontas aparentes;
Divisa: é o lema da entidade representada. É colocado num
listel, sob o escudo.
De observar que o único elemento obrigatório de um brasão de
armas é o seu escudo. Independentemente de terem sido atribuídos elementos
exteriores a um brasão, este pode ser representado apenas pelo seu escudo, ou
até, pelo desenho incluído no escudo, colocado sobre outro tipo de suporte.
Por outro lado, em certas representações artísticas de um
brasão de armas, podem-lhe ser acrescentados certos elementos exteriores que
não lhe tenham sido, formalmente, atribuídos. É o caso, por exemplo, dos
suportes e dos tenentes, colocados em certos brasões apenas como decoração.
Já outros elementos exteriores, só podem ser colocados na
representação de um brasão, no caso de terem sido, formalmente atribuídos ao
titular do mesmo. É o caso, por exemplo, das coroas e dos coroneis.
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Ao descrever-se a organização de um escudo, deve ter-se em
conta que ele é descrito pelo ponto de vista do, suposto, portador do escudo.
Assim, por convenção a direita (ou dextra) do escudo é a esquerda de quem o
olha de frente.
Igualmente a esquerda (ou sinistra) do escudo é a direita em
relação ao observador frontal.
Pontos do escudo
O escudo organiza-se em 9 zonas fundamentais, chamadas
pontos:
1 -
Cantão direito do chefe;
2 -
Ponto do chefe ou, simplesmente, chefe;
3 -
Cantão esquerdo do chefe;
4 -
Ponto do flanco direito, ou, simplesmente flanco
direito;
5 -
Ponto do centro, coração ou abismo;
6 -
Ponto do flanco esquerdo, ou, simplesmente
flanco esquerdo;
7 -
Cantão direito da ponta;
8 -
Ponto da ponta ou, simplesmente ponta;
9 9 -
Cantão esquerdo da ponta.
Adicionalmente existem:
Ponto de honra (H) e Umbigo (N).
Os pontos podem ainda agrupar-se, formando quatro partes:
Chefe (por extensão) - agrupando os pontos 1, 2 e 3,
Flanco direito (por extensão) - agrupando os pontos 1, 4 e
7,
Flanco esquerdo (por extensão) - agrupando os pontos 3, 6 e
9
e
Ponta (por extensão) - agrupando os pontos 7, 8 e 9.
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Partições e subpartições do escudo
O escudo pode ser subdividido em partições obtidas através
de quatro traços principais, correspondentes aos golpes de espada que lhe
podiam ser desferidos:
1- Partido: traço vertical, de cima a baixo do escudo;
2- Cortado: traço horizontal, do flanco direito ao esquerdo do
escudo;
3- Fendido: traço diagonal, descendo do canto direito até ao
esquerdo do escudo;
4- Talhado: traço diagonal, descendo do canto esquerdo até ao
direito do escudo.
Repetindo a mesma ou combinando várias das partições, pode
obter-se um sem número de subpartições, bem como peças de honra, obtidas a
partir daquelas.
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fontes
in: wikipedia
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fontes
in: wikipedia